sexta-feira, 13 de maio de 2011

Principais dicas

1. Não tropece nos próprios pés.
Gastar menos do que se recebe é a base de qualquer orçamento. Uma regra tão simples e tão óbvia que pode parecer uma tolice falarmos dela aqui. Há muitas pessoas, entretanto, que se enrolam com dinheiro, usando o limite do cheque especial de maneira indiscriminada, fazendo dívidas desnecessárias e criando um buraco cada vez mais fundo do qual torna-se cada vez mais difícil sair. Viver na "pendura" é um sério risco, que pode trazer conseqüências graves, pois quando houver uma emergência, não existirão mais reservas para que se possa recorrer. Abraham Lincoln já dizia: Não criarás estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado. Não evitarás dificuldades financeiras se gastares mais do que ganhas.
2. Fique ligado na aplicação de seu dinheiro.
Já dizia um velho ditado: quem tem cuida. O maior interessado em ver seu investimento crescer é você mesmo. Lembre-se que o dinheiro é seu e que deixar decisões importantes sobre o destino de seu capital na mão de outras pessoas pode ser, no mínimo, delicado. Existem muitos profissionais que poderão ajudá-lo a administrar seu patrimônio mas, por mais interesse que tenham, lembre-se que o dinheiro não é deles e acompanhe de perto os resultados obtidos. Habituar-se a acompanhar os seus investimentos o deixará mais informado sobre as melhores oportunidades do mercado financeiro e sobre seus direitos como investidor.
3. Não caia na armadilha dos juros nominais.
Durante muito tempo, convivemos com altas taxas de juros que nos davam a ilusão de grandes ganhos, quando, na verdade, a maior parte desta taxa era apenas correção monetária que fazia frente ao monstro inflacionário. Portanto, fique atento e veja quais são os juros reais dos investimentos, ou seja, (juros já com o desconto da inflação). São os juros reais que representam o ganho verdadeiro nos investimentos.
4. Escolha um indexador como parâmetro.
Os indexadores ou índices de preços servem como parâmetro para avaliar a performance dos investimentos. Por meio dos indexadores é possível comparar e medir com mais eficiência a evolução de seu patrimônio. Os indicadores mais utilizados são o IGP-M, apurado pela Fundação Getúlio Vargas, e o IPC-FIPE. O importante é adotar um índice de preços e mantê-lo para não alterar a base de comparação.
5. Quem não arrisca não petisca.
Retornos maiores estão sempre associados a riscos maiores. O que significa que, se você pretende obter lucros maiores do que a caderneta de poupança, irá correr algum tipo de risco. O que deve ser determinado é o nível de risco que você está disposto a correr com seu investimento. Uma boa maneira de avalia-lo é responder ao questionário do perfil do investidor aqui na Patagon.com. Determinado seu perfil, você poderá compor sua carteira de investimentos
6. Não coloque os ovos numa única cesta.
A diversificação dos investimentos é uma regra básica para diluir os riscos e melhorar a performance. O nível de diversificação dependerá do tamanho de sua carteira, de seus objetivos de rentabilidade e de sua percepção de riscos aceitáveis. Deve-se, porém, tomar cuidado para não exagerar na diversificação. Se você possuir uma carteira de ações com mais de dez ou quinze empresas, estará correndo o risco de não poder acompanhar de perto, e de forma consistente, os resultados dos negócios dela. Também é importante ter critérios avalizados para a escolha dos ativos.
7. Quem tudo quer, tudo perde.
Investir requer controle e técnica. Ficar esperando as maiores rentabilidades sem levar em conta os riscos envolvidos pode ser muito arriscado e pode por a perder um ganho que já estava garantido. É melhor um pássaro na mão do que dois voando. É claro que buscamos sempre os melhores resultados nos investimentos, mas é necessário ter cautela e dosar as chances de prejuízo X lucro.
8. Não se deixe levar pelas ondas.
O mercado financeiro costuma apresentar momentos de grande turbulência. Acontecimentos fora da rotina tendem a afetar o comportamento do mercado no curto prazo. Entretanto, é sempre bom considerar que a atividade econômica continua e que, depois da tempestade, vem a bonança. Agir precipitadamente representa grande risco. Muitas vezes, a melhor estratégia é aguardar uma definição mais clara de tendência e, só então, tomar uma decisão.
9. Não fique com um mico na mão.
Não hesite em eliminar uma posição que se mostra perdedora. Compramos ações de uma empresa na expectativa de sua futura valorização. Infelizmente, em alguns casos, vemos a ação começar a cair. Muitas vezes, acreditamos que não é possível que a ação caia ainda mais e aguardamos uma alta que não acontece; a ação volta a cair, aumentando progressivamente as perdas. Em muitos casos, é melhor obter um pequeno prejuízo, ao reconhecer um erro, do que carregar uma posição perdedora, deixando passar outras oportunidades de investimento que poderiam recuperar as perdas.
10. Habitue-se a poupar.
Disciplina e regularidade são palavras chaves para formar um bom patrimônio. É fundamental reservar uma parcela de sua receita para os investimentos que irão representar sua segurança e trazer a tranqüilidade financeira.
11. Quanto mais cedo, melhor.
Quanto mais cedo começar a poupar, pensando em fazer um pé de meia para o futuro e aposentadoria, mais fácil será acumular um patrimônio suficiente para garantir seu padrão de vida quando parar de trabalhar. Achar que é muito jovem para se preocupar com a aposentadoria é um erro; quanto mais adiar esta decisão, menos tempo terá para poupar.
12. Seja perseverante.
Defina com clareza quais são seus sonhos e ambições e os transforme em objetivos, definindo prazos e estratégias para alcançá-los. Somos movidos por motivação; se temos claro aonde queremos chegar, cada passo dado é uma vitória e a trajetória se torna mais fácil e prazerosa.
13. Cuidado com boatos e dicas.
Barbadas costumam sair caras. Boatos muitas vezes são criados e disseminados para servirem a interesses de alguns. Aplicar baseando-se em dicas não dá trabalho nenhum, entretanto, elas podem ser a maneira mais fácil de você perder dinheiro. Estas informações sempre devem ser checadas segundo critérios técnicos.
Quando uma multidão vai para um mesmo lugar, corre-se o risco de muita gente encontrar uma paisagem devastada. As oportunidades são identificadas por quem consegue enxergar novas opções quando todos estão vendo a mesma coisa.
14. O passado não garante o futuro.
A rentabilidade passada e o desempenho histórico dos investimentos não constitui garantia de desempenho futuro, porém, é um importante parâmetro no momento de análise das opções de investimento.
15. Lembre-se da mordida do leão.
Ao fazer um investimento, é fundamental levar em conta os custos, taxa e tributos envolvidos. Muitas vezes, os investidores se atêm exclusivamente à rentabilidade e se esquecem de tais aspectos. A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é o primeiro tributo que deve ser considerado. Incidindo 0,38% sobre todos os saques e transferências realizados da conta corrente, a CPMF tem um impacto direto no momento da aplicação, pois o dinheiro tem que sair da conta-corrente para um fundo de investimento, uma aplicação em ações, um CDB. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é outro tributo que deve ser avaliado. Ele incide sobre os rendimentos dos investimentos de renda fixa, como fundos de investimento, CDBs, títulos públicos, debêntures, etc., com saques de prazos inferiores a 30 dias. Por fim, é importante considerar a incidência do imposto de renda nas aplicações. No caso de investimentos de renda fixa, a taxa é de 20% sobre o valor do rendimento, enquanto nas aplicações de renda variável, a taxa é de 10%.
Vale a pena lembrar das taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento, que variam de instituição para instituição, e das taxas de performance cobradas em alguns casos.